Contribuintes denunciam desperdício de dinheiro

Quintão

Proprietários de imóveis da quadra A da Rua Livramento, em Quintão, estão revoltados com o desperdício de dinheiro público que ocorreu na restauração do leito daquela artéria. Havia uma reivindicação antiga da comunidade para que a rua fosse repavimentada, uma vez que o calçamento estava em péssimas condições de trafegabilidade, envolto em lama e mato, até que em janeiro deste ano o secretário de Obras de Palmares do Sul comunicou aos moradores o imediato início dos trabalhos de reparação, em pleno período de veraneio. Prometeu ele, em nome do prefeito, não só o rearranjo dos paralelepípedos, como a construção de meio fio e de uma taipa no final da rua para evitar que as águas das chuvas levassem as pedras, como já acontecera anteriormente.

No entanto, conforme integrantes de uma comissão que procurou oCorreio do Povo, composta por Oswaldo Piva, Luiz Carlos Vaz, Jorge Petter e Rodinei Moreira, os paralelepípedos foram, realmente, colocados e a execução do meio fio até foi iniciada, mas parou faltando mais de 80% para a sua conclusão, e, como não foi construída a taipa, as pedras do final da rua já se soltaram, sendo carregadas pelas águas das chuvas. Por outro lado, os moradores se cotizaram para contratar, por sua conta, a construção de calhas de concreto nos lados da rua para a água das chuvas escoar livremente e para evitar o crescimento de mato, mas sem o meio fio isto é inviável, e a vegetação começa a tomar conta das sarjetas. Como as empreiteiras já se retiraram, embora ainda haja material para a construção de meio fio espalhado pela rua – e sendo roubado – os contribuintes, tendo alertado por várias vezes os representantes da Prefeitura e das empreiteiras que sem essas providências complementares a obra estaria fadada ao fracasso, com tristeza e revolta veem agora acontecer aquilo que previam, e já se mobilizam, inclusive, no sentido de sensibilizar o Ministério Público para que averigue “mais este caso de desperdício do dinheiro público numa obra que se degrada dia após dia”, segundo os integrantes da comissão de moradores.

Materia enviada para o CP em 01.06.10 mas cuja publicação foi sustada devido ao reinício das obras.