Bruno Augé Ferreira
Somente hoje, 23/11, fui cientificado, com muita tristeza, do passamento do colega jornalista Bruno Augé Ferreira. Convivemos durante muitos anos, primeiro no Colégio das Dores, depois, ora nas mesmas redações, ora nas mesmas coberturas, e ele sempre cordial com todos, procurando ajudar colegas em dificuldade. Nos estertores do Correio do Povo, em 1984 – eu trabalhando na Rede Ferroviária – Bruno ajudava Antônio Carlos Ribeiro e Adail Borges Fortes no fechamento do jornal, e um dia telefonou-me pedindo que voltasse a trabalhar no CP, de onde eu tinha saído em 1979, para ajudar a baixar a capa. Como era só à noite, atendi e assim fiquei até o fatídico dia 16 de junho, se não me engano, quando a capa que fiz não saiu. O Correio encerrava a sua centenária circulação. Em 86 fui convocado pelos novos donos para retornar juntamente com vários outros colegas para compor a redação de um novo Correio do Povo. Infelizmente, sem que eu saiba até hoje o porquê, Bruno ficou de fora. Mas mais tarde ainda deu muito de si na assessoria de Imprensa da Fiergs e depois como secretário de Redação do Jornal do Comércio. Na última vez que o encontrei, numa Feira do Livro, contou-me entusiasmado que estava cursando Ciências Políticas na Ulbra.
Bruno se foi mas deixa lições, deixa amigos e deixa muita saudade. Mas, o que fazer se a vida é isso? É mais um que o Homem chama para a sua Assessoria de Imprensa no céu, como os jornalistas costumamos dizer.
Bruno se foi mas deixa lições, deixa amigos e deixa muita saudade. Mas, o que fazer se a vida é isso? É mais um que o Homem chama para a sua Assessoria de Imprensa no céu, como os jornalistas costumamos dizer.
Comentários
Sou Ana Paula filha de seu amigo Bruno, procuramos pelo Senhor no dia do falecimento do meu Pai, mas não conseguimos fazer contato. Sabíamos do apreço que o pai tinha pelo Senhor. Lembro como se fosse hj, o dia em que o Correio do Povo faliu, 16/06/84, era um sábado e eu tinha ficado o dia inteiro trabalhando na campanha da vacinação da poliomielite no posto do Parcão.
E meu Pai sem que eu soubesse enviou um repórter e um fotógrafo do CP para fazer a cobertura da campanha no meu posto.
Quando cheguei em casa final de tarde meu Pai estava trancado no quarto chorando abraçado a capa do jornal que não chegou a sair por falta de papel, nesta capa lá estava meia página com a minha fotografia vacinando uma criança. Foi muito triste ver meu Pai sofrendo pelo fechamento do jornal pelo qual se dedicou com tanto profissionalismo durante 25 anos.
O Senhor encontrou o Pai quando ele estava novamente na faculdade, pois então, mesmo muito debilitado por causa da diabetes conseguiu em 2008 concluir o curso de Ciências Políticas.
Tenho certeza que ele partiu feliz pois e estava muito orgulhoso, pois seu neto mais velho(Vinícius) estará se formando em Jornalismo no final deste ano e sua neta mais moça(Camila) tb ingressou em agosto para a faculdade de jornalismo.Muito obrigada pelas suas palavras de carinho em seu blog. Um abraço.