blog do lcvaz

“ De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto ” (Ruy Barbosa). Não vai faltar quem diga que Ruy não era flor que se cheire. Mas nada há que possa invalidar essa sua afirmativa pretérita.

Impressionante! Ontem à tarde (quarta-feira, 19 de junho/19) andamos por alguns lugares da cidade (cumprindo agenda de terceira idade: médicos, exames, farmácias...) e nos chamou a atenção o fato de que as pessoas haviam sumido das ruas. Mais parecia um domingo do que um dia em que a atividade laboral deveria estar acontecendo normalmente. Afinal, o feriado é hoje, quinta, dia 20. A maioria vai prolongá-lo até domingo, como dita a nossa cultura. Enquanto isso, o País nada produz, embora necessite movimentar-se com urgência para sair do sufoco em que se encontra. Segunda-feira, todo mundo, cansado pelo prolongado "descanso" proporcionado pelo feriadão, retoma preguiçosamente as atividades. É, o Brasil continuará sendo, eternamente, o País do futuro...

O Correio do Povo deste 6 de junho/19 publicou o seguinte texto de minha autoria:  "Quitei meu carro junto à financeira há mais de dois anos. Em 2018, após pagar o IPVA, o novo documento veio constando como veículo alienado. Neste ano, a mesma coisa, embora a financeira já houvesse informado ao Detran sobre a quitação da dívida. Como pretendo daqui alguns dias atravessar a fronteira, resolvi então – para não correr riscos – procurar um CRVA e solicitar novo documento sem a incômoda observação. Pois incômodo para valer viria a seguir. Para retirar a expressão "alienação fiduciária ao banco xxxx" informaram-me que teria que pagar módicos R$ 235,31, além de taxas pela impressão da guia de recolhimento ao banco e pela digitalização de documentos relativos a registro veicular. Poderia parcelar em até 12 vezes; neste caso, os R$ 235,31 ficariam por R$ 408,96... E não pára por aí o meu espanto. Quando perguntei ao atendente sobre o porquê dessa extorsão, ele respondeu que ni...

Leio que a Reforma da Previdência prevê que o cônjuge do contribuinte falecido passará a receber não mais 100% dos proventos, como até aqui, mas 60%. Aluguel, condomínio, IPTU, IPVA e outras despesas que eram bancadas pelo casal também serão cobrados na mesma proporção? Pensem nesta crueldade, senhores legisladores.