Sobre motoqueiros
Quando me dá fome em casa e a geladeira não está tão amigável, ligo para uma telepizza e pergunto, em primeiro lugar, quanto tempo vai demorar para me entregarem o produto. Depois é que faço a escolha e pergunto o preço. Em outras palavras: quero saber quanto tempo o motoqueiro vai levar para cumprir o trajeto entre o estabelecimento e minha casa.
Se tenho uma súbita dor de barriga e não encontro nada em casa que resolva o meu problema, ligo para uma farmácia e encomendo um remédio. A primeira pergunta é: em quanto tempo entregam?
De repente, preciso enviar um documento urgente ao banco. Chamo um motoboy e peço rapidez.
Sempre tenho pressa. Todos sempre têm pressa.
Mas, no trânsito, estou sempre de olho nos motoqueiros. E me irrito com as suas maluquices. Sim, porque as cenas que assistimos nas ruas e avenida, por eles protagonizadas, são de arrepiar os cabelos. Outro dia vi um deles encaixar o seu trazeiro no parabrisa, também trazeiro, de um automóvel. Fácil de deduzir. O cara bateu no carro, voou por cima da moto, deu meia volta e se encaixou no parabrisa. Seria cômico, não fosse trágico.
A cada dia aumentam as loucuras desse pessoal, e a cada momento somos obrigados a manobras bruscas em nossos carros para não atropelá-los. Enfiam-se em qualquer brecha, avançam sinais, não respeitam faixas de segurança. Uma praga, realmente, sem a mínima perspectiva de contenção. A falta de limites, como sempre, graçou e agora não há mais como segurá-los.
A culpa é só deles? Não. É também minha, é de todos quantos contratam seus serviços e exigem urgência na execução. É justamente aí que reside o problema: na exigüidade cada vez maior de tempo. Não queremos nem saber. Queremos é a nossa pizza a tempo e à hora; queremos o nosso remédio imediatamente para aplacar a nossa dor; precisamos que o documento seja entregue no menor prazo possível. E eles, os motoqueiros, querem faturar. Quanto mais entregas, mais dinheiro no bolso. E mais gente no Pronto Socorro. Não é à toa que estão chamando os motoboys de doadores de órgãos... Igualmente cômico, não fosse trágico.
Se tenho uma súbita dor de barriga e não encontro nada em casa que resolva o meu problema, ligo para uma farmácia e encomendo um remédio. A primeira pergunta é: em quanto tempo entregam?
De repente, preciso enviar um documento urgente ao banco. Chamo um motoboy e peço rapidez.
Sempre tenho pressa. Todos sempre têm pressa.
Mas, no trânsito, estou sempre de olho nos motoqueiros. E me irrito com as suas maluquices. Sim, porque as cenas que assistimos nas ruas e avenida, por eles protagonizadas, são de arrepiar os cabelos. Outro dia vi um deles encaixar o seu trazeiro no parabrisa, também trazeiro, de um automóvel. Fácil de deduzir. O cara bateu no carro, voou por cima da moto, deu meia volta e se encaixou no parabrisa. Seria cômico, não fosse trágico.
A cada dia aumentam as loucuras desse pessoal, e a cada momento somos obrigados a manobras bruscas em nossos carros para não atropelá-los. Enfiam-se em qualquer brecha, avançam sinais, não respeitam faixas de segurança. Uma praga, realmente, sem a mínima perspectiva de contenção. A falta de limites, como sempre, graçou e agora não há mais como segurá-los.
A culpa é só deles? Não. É também minha, é de todos quantos contratam seus serviços e exigem urgência na execução. É justamente aí que reside o problema: na exigüidade cada vez maior de tempo. Não queremos nem saber. Queremos é a nossa pizza a tempo e à hora; queremos o nosso remédio imediatamente para aplacar a nossa dor; precisamos que o documento seja entregue no menor prazo possível. E eles, os motoqueiros, querem faturar. Quanto mais entregas, mais dinheiro no bolso. E mais gente no Pronto Socorro. Não é à toa que estão chamando os motoboys de doadores de órgãos... Igualmente cômico, não fosse trágico.
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João Francisco