ESTÃO SENTINDO AGORA A FALTA DA FERROVIA?
Governo e classe política em geral estão experimentando agora os reflexos danosos dessa paralisação dos caminhoneiros, para mim justa tendo em vista a bagunça generalizada em que está metido este país. E já há vozes que agora se levantam reclamando da falta de ferrovias. Até aqui, ninguém se importava com o descalabro em que estão as nossas estradas de ferro, entregues à especulação dos concessionários que se preocupam tão somente com o seu lucro. Para eles, não importa a economia do país. São, aliás, muito pródigos em rejeitar transporte de mercadorias que não lhes interessem.
O Governo teve a sua ferrovia e com ela podia estabelecer políticas de transporte. Quando o frete rodoviário aumentava muito, determinava à Rede Ferroviária que fizesse alguma intervenção para que os preços dos caminhões viessem a baixar e assim conseguindo o necessário equilíbrio na área de transportes. Mantinha ainda os trens de passageiros, com os quais podia atender às necessidades sociais do povo, oferecendo um transporte muito menos oneroso para as classes menos favorecidas.
Mas havia muitos interesses excusos, muitas "forças ocultas" que tramavam contra a existência da RFFSA, pois ela competia com as estradas de rodagem, com os caminhões, com os pneus, com o asfalto. E, para agradar setores, os últimos governos foram promovendo o sucateamento da RFFSA para mostrar à sociedade que a empresa não era viável (assim como estão fazendo hoje com os Correios), primeiramente extinguindo os trens de passageiros, depois retirando subsídios, até que Fernando Henrique Cardoso cometeu o supremo banditismo e crime de lesa-pátria determinando o fim da Rede, no que foi seguido depois por seu sucessor, Lula da Silva, que jogou a pá de terra final na sepultura.
Este governo de agora paga o preço de estar seguindo a mesma cartilha de seus antecessores, virando as costas para a ferrovia. Tivéssemos aqui uma ferrovia atuante e não de mentira, como é o caso atual, muitos desses problemas de abastecimento que hoje ocorrem poderiam ser minorados sem traumas ou estresses. Nos países adiantados, caminhão faz as pontas, levando as mercadorias das zonas produtoras para as estações ferroviárias. Aqui, os caminhões trafegam dois, três mil quilômetros, o que seria tarefa do trem. Mas, com essa mentalidade que temos no Brasil, será difícil isto acontecer. Talvez um dia, quando formos mais adiantados, mais cultos e tivermos mais juízo. (A foto é do antigo pátio alfandegado da antiga RFFSA em Uruguaiana, desativado recentemente por não interessar mais à concessionária)
Mas havia muitos interesses excusos, muitas "forças ocultas" que tramavam contra a existência da RFFSA, pois ela competia com as estradas de rodagem, com os caminhões, com os pneus, com o asfalto. E, para agradar setores, os últimos governos foram promovendo o sucateamento da RFFSA para mostrar à sociedade que a empresa não era viável (assim como estão fazendo hoje com os Correios), primeiramente extinguindo os trens de passageiros, depois retirando subsídios, até que Fernando Henrique Cardoso cometeu o supremo banditismo e crime de lesa-pátria determinando o fim da Rede, no que foi seguido depois por seu sucessor, Lula da Silva, que jogou a pá de terra final na sepultura.
Este governo de agora paga o preço de estar seguindo a mesma cartilha de seus antecessores, virando as costas para a ferrovia. Tivéssemos aqui uma ferrovia atuante e não de mentira, como é o caso atual, muitos desses problemas de abastecimento que hoje ocorrem poderiam ser minorados sem traumas ou estresses. Nos países adiantados, caminhão faz as pontas, levando as mercadorias das zonas produtoras para as estações ferroviárias. Aqui, os caminhões trafegam dois, três mil quilômetros, o que seria tarefa do trem. Mas, com essa mentalidade que temos no Brasil, será difícil isto acontecer. Talvez um dia, quando formos mais adiantados, mais cultos e tivermos mais juízo. (A foto é do antigo pátio alfandegado da antiga RFFSA em Uruguaiana, desativado recentemente por não interessar mais à concessionária)
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